Urticária

Urticária: lesão avermelhada, que aparece em placas e com relevo, provocando coceira. Pode ser desencadeada por medicamentos, alimentos, picadas de inseto ou contato com substâncias como por exemplo, látex e tintas.

É mais comum em adultos jovens (entre 20 e 40 anos), porém pode ocorrer em qualquer idade.

Tipos

De acordo com o tempo de duração, a urticária pode ser:

  • Urticária aguda: quando os sinais e sintomas desaparecem em menos de seis semanas.
  • Urticária crônica: quando os sintomas duram por seis semanas ou mais.

De acordo com a causa, a urticária é classificada em:

  • Urticária induzida: quando um fator é identificado, como drogas, alimentos, infecções, estímulos físicos (calor, frio, sol, água, pressão).
  • Urticária espontânea: quando a doença ocorre sem uma causa identificada, também chamada de urticária idiopática.

Também existe uma complicação chamada anafilaxia, na qual a reação envolve todo o corpo, causando náuseas, vômitos, queda da pressão arterial e edema de glote (garganta) com dificuldade para respirar. Esses casos são graves e precisam de atendimento de emergência.

Tratamento:

O primeiro passo é determinar o tipo de urticária (crônica ou aguda / espontânea ou induzida). No caso das agudas e induzidas, o ideal é afastar a causa quando possível. Além do tratamento específico, a dieta alimentar costuma ajudar na melhora mais rapidamente, evitando o reaparecimento das lesões durante o tratamento.

Nos casos de urticaria crônica espontânea, aproximadamente 25%~33% dos pacientes não respondem ao tratamento com antialérgicos, mesmo em doses aumentadas. Nesses casos, são avaliadas outras opções de tratamento mais modernas já disponíveis no Brasil.

Na grande maioria dos casos, a urticária é benigna e desaparece espontaneamente em horas ou dias. O tratamento, visa o alívio dos sintomas, principalmente a coceira.

Os anti-histamínicos mais antigos, como hidroxizina e difenidramina provocam sonolência e podem ser benéficos quando o paciente tem dificuldades para dormir. Já os anti-histamínicos de 2ª geração (mais novos) são os mais usados, pois provocam menos efeitos colaterais e tem uma duração maior. Entre os novos anti-histamínicos podemos destacar: loratadina, desloratadina, fexofenadina, cetirizina e levocetirizina.

Se o caso for grave e o paciente não estiver respondendo a elevadas doses de anti-histamínicos, o uso de corticoides, como a prednisona ou prednisolona, pode ser indicado por alguns dias – sempre com acompanhamento médico.

A urticária pode ser controlada em mais da metade dos casos entre seis meses até um ano. A melhor forma de evitá-la é a pessoa se afastar, se possível, daquilo que provoca a alergia. Também é indicado evitar calor, bebidas alcoólicas e estresse, pois são fatores que pioram a irritação. A dieta alimentar (sem corantes, conservantes, embutidos [frios, salsicha etc.], enlatados, peixe e frutos do mar, chocolate, ovo, refrigerantes e sucos artificiais) costuma ajudar a melhorar o problema.

Ao longo da vida, uma em cada cinco pessoas terá pelo menos um episódio de urticária.