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A dermatomiosite é uma doença inflamatória crônica, não-contagiosa e rara, que causa fraqueza muscular e lesões na pele. Tem origem autoimune, onde as células de defesa do próprio corpo atacam as fibras musculares e provocam a inflamação cutânea. Não tem cura, porém existem tratamentos para seu controle adequado.

Ainda não sabemos o que causa a doença, mas já é de conhecimento a relação com alterações genéticas, influência do uso de alguns medicamentos ou por infecções virais.

É mais frequente em mulheres na fase adulta, mas pode surgir em pessoas com menos de 16 anos, sendo chamada de dermatomiosite infantil.

Algumas vezes, a dermatomiosite está associada ao câncer, onde os mais frequentes são: câncer de pulmão, mama, ovário, próstata e cólon. Também pode se associar a outras doenças da imunidade, como por exemplo a esclerodermia e doença mista do tecido conjuntivo.

Os sintomas de dermatomiosite podem ser:

É comum as pessoas com esta doença terem dificuldades para fazer as atividades diárias, como por exemplo, pentear os cabelos, subir escadas ou levantar da cadeira. Além disso, os sintomas da pele podem piorar com a exposição ao sol.

Nos casos mais graves ou quando a dermatomiosite surge em associação com outras doenças autoimunes, podem ainda ser atingidos outros órgãos como coração, pulmões ou rins, afetando o seu funcionamento e causando complicações graves.

O tratamento é definido de acordo com os sintomas apresentados, de uma forma geral, inclui o uso de:

Metotrexato: pode ser utilizado por vias oral, subcutânea ou intramuscular, geralmente uma vez por semana. Seu efeito aumenta gradativamente. É indicado quando o paciente torna-se dependente ou resistente ao corticosteroide. Pode causar aftas, enjoos e alterações em alguns exames de sangue, como o hemograma e as transaminases.

Ciclosporina: seu uso, geralmente, se faz por via oral. Deve-se iniciar com doses menores e acompanhar a pressão arterial e os níveis séricos de creatinina, que avaliam a função renal. Pode causar aumento nos pelos do corpo e hipertrofia nas gengivas. Está indicada quando não há boa resposta ao metotrexato mas, muitas vezes, são usados concomitantemente.

Azatioprina: é uma medicação imunossupressora por via oral que pode ser utilizada em casos não responsivos aos tratamentos anteriores ou, eventualmente, quando precisamos diminuir o corticosteroide.

Ciclofosfamida: é utilizada geralmente por via endovenosa, quando o paciente apresenta quadro mais grave, como úlceras cutâneas ou vasculite sistêmica.

A gamaglobulina é indicada em casos refratários ao tratamento habitual e nos pacientes mais graves, internados e com evolução rapidamente progressiva. São utilizadas doses altas por via endovenosa que, muitas vezes, são repetidas mensalmente.

Hidroxicloroquina: tem indicação como tratamento coadjuvante naqueles pacientes que apresentam lesões de pele fotossensíveis (pioram com o sol).

O paciente deve utilizar filtro solar todos os dias e, se possível, várias vezes ao dia, para controlar a fotossensibilidade cutânea.

Mais recentemente, medicações conhecidas como agentes biológicos têm sido utilizados em casos graves e não responsivos aos outros tratamentos.

Verifique com seu médico ou agende consulta em caso de dúvidas.