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O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele pode fazer toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade.

Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

· – Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;

· – Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

· – Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Além de todos esses sinais e sintomas, melanomas metastáticos podem apresentar outros, que variam de acordo com a área para onde o câncer avançou. Pode incluir, por exemplo: nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça.

Tipos de câncer da pele:

Carcinoma basocelular (CBC): é o mais comum, surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Áreas mais comuns são as regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. O tipo mais encontrado é o CBC nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.

Carcinoma espinocelular (CEC): é o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. É duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, os CECs têm coloração avermelhada e se apresentam na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Eles podem ter aparência similar à das verrugas.

Melanoma: apesar de ser o tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, tem o mais alto índice de mortalidade. Porém, quando há detecção precoce da doença, possui altas chances de cura (mais de 90%). Tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. A “pinta” ou o “sinal”, tendem a mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. As lesões podem surgir em áreas difíceis de serem vistas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens; e pescoço e rosto em ambos os sexos. Observou mudanças na pele? Procure imediatamente um dermatologista.

Tratamento:

O tipo de tratamento varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Conheça os mais comuns:

– Cirurgia excisional – remoção do tumor com um bisturi, e também de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança.

– Curetagem e eletrodissecção: opção para tumores menores, promovem a raspagem da lesão com cureta, enquanto um bisturi elétrico destrói as células cancerígenas.

– Criocirurgia: por meio do congelamento com nitrogênio líquido é promovida a destruição do tumor. A técnica tem taxa de cura menor do que a cirurgia excisional, mas pode ser uma boa opção em casos de tumores pequenos ou recorrentes, pois não há cortes ou sangramentos. Não é recomendada para tumores mais invasivos.

-Cirurgia a laser: remoção das células tumorais através do laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser. É uma opção eficiente para aqueles que têm desordens sanguíneas, uma vez que não causa sangramentos.

-Cirurgia Micrográfica de Mohs: o cirurgião retira o tumor e um fragmento de pele ao redor com uma cureta. O material é analisado ao microscópio. O procedimento é repetido até não restarem vestígios de células tumorais. A técnica preserva boa parte dos tecidos sadios, e é indicada para casos de tumores mal-delimitados ou em áreas críticas, principalmente do rosto, onde cirurgias amplas podem levar à cicatrizes extensas.

-Terapia Fotodinâmica (PDT): aplicação de um agente fotossensibilizante, como o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) na pele lesada. Após algumas horas, as áreas são expostas a uma luz intensa que ativa o 5-ALA e destrói as células tumorais, com mínimos danos aos tecidos sadios.

Outras opções de tratamento envolvem a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas para os carcinomas, que serão indicado por um médico especializado em câncer da pele.

Fatores de Risco:

Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolver a doença. A hereditariedade também desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Assim, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem passar por exames preventivos regularmente.

Prevenção:

· Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV, através do uso diário de filtro solar e também de chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares, quando em exposição solar direta. Além disso, visite seu dermatologista anualmente, a fim de que o sinais na pele sejam observados por quem entende do assunto.